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O Garnizé
Sou um pezin de alecrim Amigo de um Garnizé Que vem comer minhas folhas Se está doente do pé Quando seu coração grita Repleto de vigor e fé Canta uma ária esquisita Em fá, em dó, e em ré Respeito O trabalho da abelha é sagrado O da formiga, sagrado é O meu é magnifico, todos respeitam! Por isso hoje, não tecerei minha teia Frente à rosa que amanhece Nos respeitaremos Nos encantaremos Pela benção das mãos E a doçura do mel O homem Olha o homem Com a faca na mão Pica o coentro, colhe o tomate Faz um afago, no manjericão Todo carinho e respeito Merece muita atenção Quanta beleza aflora Do fundo do coração! A Cigarra Aqui Jaz A Cigarra papuda De dezembro a janeiro, cantou Lamentando a chuva No leito de folhas secas Seu corpo vai decompondo Formigas festeiras, dançam Um blues, uma valsa, um mambo A rosa A rosa que eu vi nascer Tinha um olhar de Maria Doava cheiros ao vento Na tarde que se encondia A rosa que eu vi morrer Foi diluindo no vento Nobre, serena, altiva Não quis partir com lamento " Os jardins de Carolina "
Jose Balbino de Oliveira
Enviado por Jose Balbino de Oliveira em 22/02/2013
Alterado em 05/03/2013 Comentários
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